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quarta-feira, junho 14, 2006
LUZ
Refazer o traço crepuscular da ausência/inventar-te na expressão de outra coisa/e perder-te na simetria da imagem cromática/determinei-me a emocionar-me com estes cortes na alma./
Abraça-me agora/que parto uma vez mais para o início do reflexo do rosto./
Insisto num manuscrito no meu corpo como testamento dos seres que povoram a matéria/
o fluxo dos dias/a cratera aberta ao sol abençoado/percorro a onda arqueada dos
graciosos movimentos./
Luz na vida que pulsa na geometria pálida da noite/luz que abre a frase/a caixa de
bronze/luz que poisou junto a nós sob um cortejo de nuvens./
Abraça-me agora/que parto uma vez mais para o início do reflexo do rosto./
Insisto num manuscrito no meu corpo como testamento dos seres que povoram a matéria/
o fluxo dos dias/a cratera aberta ao sol abençoado/percorro a onda arqueada dos
graciosos movimentos./
Luz na vida que pulsa na geometria pálida da noite/luz que abre a frase/a caixa de
bronze/luz que poisou junto a nós sob um cortejo de nuvens./
Pure Expansion: paulo vilela / 1:28 da tarde 
