quarta-feira, junho 15, 2005

O Movimento Circular das Palavras

Arruma o espaço e os contornos/ as plenas bactérias assombradas de cosmética radioactiva./
Ventila o meu coração dos amores ilusórios/ das criações ocasionais/
dos foguetes prontos a fugirem de um céu/ para queimarem a terra da mentira./
A casa arde/ e a casa com a natureza/ clareza na robusta silhueta das cinzas./
Frio temos na alma/ no corpo/ nas mãos/ nada nos consola nestas noites/
ausentes de um sinal magnífico/ que possa elaborar a simbiose do amor./
Dir-te-ei que aqui chove / para além das nuvens imaginárias./
Nomearei o teu nome/ na terra húmida/ para que cresça/ no texto bacteriológico das palavras./
Faz gelo na nossa boca/ as palavras deslizam/ e eu sou um acrobata na tua alma/
sonhos e rodopios/ informes/ na transfusão da plenitude/ do nosso/
ácido bolor/ multicolor./
Podes partir/ neste necessário começo/ adverso às lágrimas simples/
que evitam as cascatas das nossas dores./
Comments: Enviar um comentário

<< Home

This page is powered by Blogger. Isn't yours?